sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Campos se mobiliza e vai até a capital na segunda(17/10) lutar por justiça

A mobilização em defesa dos royalties do petróleo está confirmada e acontecerá no centro do Rio de Janeiro, mas precisamente na Cinelândia, na próxima segunda-feira, dia 17, dois dias antes da data prevista para a votação no Congresso Nacional, do veto do ex-presidente Lula.

Mas, em Campos, que parece será a única cidade a mobilizar gente e serão em torno de 10 mil pessoas, a mobilização teve início na noite desta quinta-feira (13/10), quando cerca de 5 mil pessoas estiveram presentes no Ginásio do Automóvel Clube Fluminense, onde foi realizada uma reunião que contou com a presença de diversas autoridades e lideranças políticas e a população.

A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho e seu marido, o deputado federal Anthony Garotinho, líder do grupo político e presidente estadual do Partido da República (PR), estão a frente da coordenação do movimento e que conta com o apoio declarado de outros políticos, como o deputado federal Paulo Feijó, todos os secretários do governo municipal, vereadores, entre outros.

A expectativa é de que pelo menos 10 mil pessoas deixem a cidade na manhã de segunda-feira e realizem na cidade do Rio de Janeiro, a capital do Estado, um ato para mostrar que a perda dos recursos dos royalties significará a verdadeira quebradeiras dos municípios produtores, e neste caso, a interrupção imediata de uma série de programas e projetos em pleno andamento nestas cidades, onde estarão perdendo em alguns casos, em torno de 80% de suas arrecadações.

AUTORIDADES CONFIRMAM FORÇA DO MOVIMENTO E DESTACAM A AUSÊNCIA DE AUTORIDADES POLÍTICAS QUE NÃO ESTARÃO PRESENTES NO ATO NA CINELÂNDIA

 
O deputado federal Anthony Garotinho anunciou que o senador Lindberg Farias (PT) ligou nesta quinta-feira para dizer que não irá, e ainda pediu para Rosinha também não ir: “Eu nem acreditei, pois aqui em Campos no ato que promovemos ele veio e disse que estaria conosco até o final. Não vamos nos acovardar. Chega de sofrer. O Rio de Janeiro já perdeu e muito, como em 1960, quando tiraram a capital daqui. Depois, em 1988, quando na Constituição instituiu-se que o único imposto que não seria cobrado na origem, seria do petróleo, e com isso o Rio perde cerca de 10 bilhões por ano. Ainda tem o fato de o Rio produzir 83% do petróleo de todo país e só refina 20%. O que querem tirar mais? Lamento que alguns políticos se acovardem, mas o povo de Campos não. Serão os 10 mil daqui, mas 10 mil conscientes. Da outra vez levaram até a Xuxa, pra que? Quem tem que conduzir o processo político são os líderes políticos. O que vamos fazer no Rio é o mesmo que a população fez em Campos em defesa da Rosinha, vamos resistir”, disse Garotinho anunciando o grito que irá marcar a mobilização: “Dilma, tira a mão do nosso dinheiro”.

 
O deputado federal Paulo Feijó voltou a declarar que ainda acredita no encontro de solução e consenso para os produtores não perderem, mas atacou Dilma, Lula e Cabral a quem culpou por toda essa situação de instabilidade. “Esse é um momento supra partidário e não pode ter política nisso. Agora é Campos, toda região e o Estado do Rio de Janeiro. Vai ser a oportunidade de mostrar que nosso povo tem lucidez. Cabral está tentando esvaziar a mobilização, mas deveria e estar buscando com Dilma e Lula uma reposta e solução, porque eles tiveram tudo com Cabral no Rio, e agora querem tirar os royalties e foram eles que criaram toda essa desgraça de forma criminosa. Mas eu ainda acredito num consenso para que os produtores não percam. Mas independente de qualquer coisa, na segunda o povo de Campos vai estar lá no Rio de Janeiro lutando por seus direitos”, declarou Paulo Feijó. 

 
Rosinha Garotinho começou destacando o momento político que viveu na luta para permanecer no cargo de Prefeita de Campos, e que agora na defesa dos royalties a história se repete. “Se não fosse a resistência de todos não seria Prefeita hoje. O que vemos hoje é o Cabral fazendo de tudo para desmobilizar o ato, como se estivéssemos tratando de política ou fazendo algo de errado, enquanto que o que pretendemos é a defesa dos municípios e do próprio estado. Que medo é esse? Não faço guerra, mas tenho ideais. Perguntei a um determinado prefeito porque ele não iria e não me respondeu. Quis saber qual garantir o Governador o deu e ele me respondeu que nenhuma. Então porque não vai lutar? A votação será no dia 19 e o rolo compressor vai passar e depois não adianta chorar”, disse Rosinha Garotinho, que assim como os deputados, apontou a presidente Dilma como responsável pelo problema.

“Dilma viajou novamente e já disse que o problema não é dela, é do ministro. No ano da eleição deixaram passar para não se complicarem, mas eleição não é uma vez só. Já falamos que sem royalties, sem voto. Disse ao Lindberg que meu povo vai e vai marcado com pulseiras. Não adianta depois falar que mandou gente. Se formos com 10, com 100, com 1000 ou 10 mil, todos estarão identificados com pulseiras e vamos todos de camisa preta. Não vou ser uma prefeita omissa. Campos precisa de todos nós”.

 
Vários presidentes e representantes dos 14 partidos que compõem o movimento “Campos de Todos Nós”, também discursaram, entre eles o presidente do PTdoB, Mauro Silva: “Podem ter certeza que vamos marcar a história. Daqui alguns anos poderemos falar e olhar para nossos filhos e netos que lutamos unidos contra essa covardia. Que cada um faça a sua parte. O senador Lindberg já disse que não vai e tem deputados se internando para não ir, mas não tem problema, porque ao lado do Garotinho e da Rosinha nós todos estaremos”.

 
O secretário de Governo e ex-deputado federal, Geraldo Pudim, destacou que esse é o momento de não somente os partidos estarem unidos, mas também a sociedade civil organizada e a população. “Demos uma demonstração aqui em praça pública quando 20 mil pessoas estiveram unidas em Campos, e agora vamos mostrar nossa força no Rio. É verdadeiramente uma luta de todos nós. Ainda precisa cair a ficha de algumas pessoas e tem que ser um ato de mobilização coletiva. Estão querendo tirar o dinheiro da população de Campos de forma arbitrária e inconstitucional. É momento de luta e só sobrevivem os fortes”.



Fonte: Ururau

Comentário do Blog: Como vocês podem reparar nas imagens desta postagem, só se vê o grupo de Garotinho nesse movimento. A população que como eles dizem que está acompanhando na verdade são cabos eleitorais, terceirizados empregados na prefeitura, D.A.S.'s, empreiteiros e seus funcionários e o famoso grupo da "pirâmide", ninguém me contou, eu fui lá pessoalmente e constatei. Vocês acham que se realmente fosse uma coisa ordeira e de movimento realmente popular, Campos com 442.363 (segundo Censo IBGE 2010) levaria somente 10.000 pessoas. Tá na cara que isso é mais uma estratégia política. Cada um tem sua opinião, essa é a minha. Opiniões postem no Blog.

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