terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reportagem mostra que royalties do petróleo não melhoram cidades

Os municípios brasileiros não conseguem melhorar seus indicadores sociais, mesmo com com os cofres inchados pela arrecadação de royalties do petróleo, é o que mostra a "Folha" desta segunda-feira através de um levantamento feito pelo veículo, onde mostra que ao mesmo tempo gastam dinheiro público em obras faraônicas. De acordo com a reportagem, 20 cidades mais dependentes dos royalties em relação a suas receitas estão sob suspeita de irregularidades ou mau uso desses recursos.

Há suspeita de pagamentos a escritórios de advocacia (não me espantaria se esse exemplo fosse nossa "Campos Formosa"), o que é proibido por lei, ou construção de obras sem utilidade comprovada. Caso seja aprovado na Câmara o projeto que redistribuiu os royalties do petróleo, essas cidades podem enfrentar mais problemas. Pela proposta, os municípios produtores são um dos entes mais prejudicados. Especialistas afirmam que os municípios, muitas vezes, gastam mal os recursos, sendo usado muitas vezes para inflar a folha de pagamento dos servidores.

Estátua de 70 metros e teleférico que funcionou apenas 3 dias

No Rio Grande do Norte, em Pendências (198 km de Natal), há um projeto para construir uma estátua de 70 metros de São João Batista, padroeiro da cidade. O levantamento apontou que as escolas municipais de 12 das 20 cidades tiveram nota abaixo das médias estaduais no último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 2009.

Com 45% (R$ 25,6 milhões) da sua receita do ano passado oriunda de royalties, a prefeitura Carmópolis 55 km de Aracaju gastou, em 2008, R$ 3,5 milhões na construção de um teleférico que funcionou por apenas três dias. O equipamento quebrou e não foi consertado.

A Promotoria investiga o abandono. Procurada, a prefeitura não atendeu a reportagem. O Ministério Público de Sergipe abriu investigação para apurar possível crime contra o patrimônio público.
 
Fonte: SRDZ 

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