Com robô Agência constatou-se que óleo ainda vaza em alguns pontos
A Agência Nacional de Petróleo do(ANP) confirmou através de nota neste domingo (20/11) que o vazando de petróleo continua "em alguns pontos" do leito marinho do Atlântico, onde há 13 dias começou o problema em um poço da companhia Chevron, no Campo do Frade, na Bacia de Campos.
A ANP utilizou imagens submarinas tiradas no sábado por um robô (ROV – veículo móvito remotamente) e informações de um navio da Marinha que navegou neste domingo pela região onde está localizada a fissura de 400 metros por onde brotou o petróleo.
A selagem do poço começou na quarta-feira passada com a injeção de lodo pesado e continuará esta semana com a aplicação de cimento, com o que se espera controlar totalmente o vazamento de petróleo.
A ANP também informou que a mancha de petróleo na superfície marinha continua se espalhando pelo litoral em direção sudeste, embora não tenha detalhado novos cálculos sobre suas dimensões.
Na última sexta-feira (18/11), a mancha de petróleo registrava uma extensão de 18 quilômetros e uma área de 11,8 quilômetros quadrados, segundo os dados do órgão.
A ANP calcula que foram vertidos ao mar entre 200 e 330 barris diários entre os dias 8 e 15 de novembro, dia no qual foi feita selagem da fissura, mas não existem cálculos de quanto petróleo se derramou desde então, e a Chevron também não apresentou números.
Uma equipe de técnicos da ANP visitou no sábado (19/11) a sede da Chevron "para verificar aspectos relacionados ao reservatório e ao cumprimento do programa de perfuração de poços", acrescentou a nota distribuída para a imprensa.
O presidente da divisão brasileira da Chevron, George Buck, disse que a companhia petrolífera assume "total responsabilidade" pelo vazamento. "Qualquer (quantidade de) petróleo na superfície do oceano é inaceitável para a Chevron", afirmou o executivo, em declarações publicadas pela "Agência Estado".
Buck negou que tenham sido utilizados mecanismos proibidos para limpar a mancha de petróleo, como disse no sábado um responsável da Polícia, que acusou a companhia de usar jatos de areia sob pressão para empurrar o petróleo sob a superfície marinha, o que constituiria um delito.
A companhia americana acredita que o acidente aconteceu por causa de um erro nas medições da pressão dos hidrocarbonetos em uma das jazidas.
O erro de cálculo fez com que o petróleo vazasse e brotasse por uma fissura no fundo do mar próxima ao lugar onde eram feitas as perfurações.
Fonte: Uol
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