BRASÍLIA - A partir de janeiro, o salário mínimo será de pelo menos R$ 622, contra os atuais R$ 545, o que significa um reajuste de 14,26%, o maior desde 2006. O governo atualizou nesta segunda-feira a previsão do valor do mínimo para 2012, elevando-o de R$ 619,21 para R$ 622,73. A diferença de R$ 3,52 se deve à revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2011, confirmando a tendência de alta da inflação este ano. A atualização do INPC gerará, segundo o Ministério do Planejamento, um custo adicional de cerca de R$ 2 bilhões, apenas com benefícios da Previdência Social iguais ou superiores ao mínimo. Mas o custo total de o mínimo subir de R$ 545 para R$ 622,73 é de R$ 23,3 bilhões, já que, para cada real de aumento, o governo considera um impacto de R$ 300 milhões nas contas.
As despesas totais com o Regime Geral da Previdência vão subir cerca de R$ 7 bilhões, pulando de R$ 313,9 bilhões para R$ 320,4 bilhões, de acordo com o documento enviado pelo Planejamento à Comissão Mista de Orçamento (CMO), que discute a elaboração do Orçamento da União para 2012. O valor estipulado pelo governo, que eleva o mínimo em R$ 77,73, ainda precisa ser referendado pelo Congresso durante a votação do Orçamento, que deve ser aprovado até o fim do ano. Normalmente, o Congresso arredonda o valor definido pelo governo, e o novo mínimo poderá chegar a R$ 625.
Fonte: O Globo
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