terça-feira, 15 de novembro de 2011

Após vazamento de óleo, Chevron tenta selar poço na Bacia de Campos

Mancha de óleo foi detectada na quinta-feira perto do campo de Frade. Segundo ANP, a causa do vazamento 'ainda é desconhecida'.

A Chevron Brasil informou nesta segunda-feira (14) que o vazamento de óleo nas proximidades do Campo Frade, na Bacia de Campo, pode estar relacionado com a perfuração de um poço de avaliação. Segundo a companhia, a empresa iniciou no domingo os trabalhos para "selar e abandonar" o poço.

"As investigações levaram a Chevron Brasil e os órgãos governamentais a suspeitar que um poço de avaliação que estava sendo perfurado no Campo Frade, na semana passada, teria ligação com as exsudações que estão causando a mancha na superfície", informou a Chevron, em comunicado.

"A Chevron Brasil solicitou, no sábado, à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e recebeu aprovação para selar e abandonar esse poço. Desde então, a Chevron iniciou o processo de selar e abandonar o poço, atividades que envolvem uma série de etapas técnicas e ações que levarão à cimentação do poço na superfície", acrescentou a nota.

Em nota, a ANP informou que o abandono do poço prevê, em primeiro lugar, o emprego de lama pesada para “matar” o poço e testar a eficácia dessa medida na parada do vazamento. Em seguida, virá o uso da cimentação para “matar” o poço de forma definitiva. De acordo com a agência, pelo cronograma previsto, o vazamento do poço deverá estar controlado nos próximos dias.

O derramento foi revelado na última quinta-feira (10). As atividades de perfuração no local foram paralisadas no mesmo dia.

A ANP informou nesta segunda-feira que a causa do vazamento "ainda é desconhecida". "A principal hipótese, levantada pela concessionária, é de que uma fratura provocada por procedimento estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8", informou a agência em comunicado.

"A Chevron acionou seu Plano de Emergência e é inteiramente responsável pela contenção do vazamento. Dezoito navios estão na área: 8 da própria Chevron e outros 10 cedidos pela Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell", acrescentou a ANP.

Segundo a companhia, o volume da mancha "continua dentro da mesma faixa informada anteriormente". A área da mancha seria de 163 km2. A estimativa de óleo em superfície era entre 521 e 882 barris.

Segundo a empresa, uma frota de 17 navios de apoio, da empresa e cedidos por companhias do setor que atuam na Bacia de Campos, trabalham na operação de controle da mancha. "A frota está trabalhando ininterruptamente no suporte à operação, que inclui a utilização de boias de contenção, skimmers e técnicas de recuperação", disse a empresa.

"Considerando a lâmina d’água de 1184 metros, a existência de corrente e de um fator de dispersão natural do óleo, admite-se que a vazão média da exsudação pode estar entre 200 a 330 bpd", informou a ANP.

"A empresa segue coordenando e enviando recursos para a operação de controle da mancha, que está localizada a cerca de 120 quilometros da costa de Campos e afastando-se da costa e deslocando-se na direção Sudeste", destacou a Chevron.

Na sexta, a presidente Dilma Rousseff determinou ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e à Marinha uma "rigorosa apuração" do vazamento, segundo comunicado divulgado pelo Planalto.

Fonte: G1

Um comentário:

  1. Ainda querem mesmo dividir os royalties...???
    Palhaçada né... quando der uma m... dessas, quem vai dar conta dos impactos no nosso RJ???

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