domingo, 13 de janeiro de 2013

CARNAVAL: Há 129 anos, nascia em Campos, o clube carnavalesco Tenentes de Plutão


Clube Tenentes de Plutão (13/janeiro/1884)

No ano de 1884 (há 129 anos), foi realizado o maior carnaval de Campos com a presença dos clubes “Indiano”, “Macarroni”, “Plutão”, “Neptuno”, “Índio Negro”, “Cacetes”, “Caras Duras”, “Tenentes do Diabo” e “Progressista”. O “Club Tenentes de Plutão", surgiu em 13 de janeiro desse mesmo ano.

De todos os clubes carnavalescos campistas o mais antigo do carnaval campista é o “Club Macarroni”, que foi fundado em 1870 e atravessou inúmeras gerações de foliões até os nossos dias. Esse clube também entrou para a história do carnaval campista quando em 1875 exibiu-se pela primeira vez com carros puxados a boi.

A rivalidade entre os Clubes Macarroni e Plutão chegou a entrar para a história do carnaval campista. Bem como o fato de que, em 1891, o Plutão teve um carro apreendido pelo delegado de polícia porque continha ofensas grosseiras ao governador Francisco Portela, o homem da luz elétrica em Campos.

Já no novo século, em 1910 um grupo de garotos fundou o clube “Os Avançadores”, que logo foram precedidos pelo clube “Os Intransigentes”.

Foi no início do século XX que surgiram os primeiros cordões (de índios), os blocos e os ranchos, além de outros grandes clubes. O primeiro cordão que marcou presença no carnaval campista foi o “Estrela de Ouro”, fundado em 1917. Logo depois surgiria a “Lira Brasileira”, que viria a ser o seu ferrenho rival.

Ainda na mesma época surgiram outros cordões como os “Filhos do Sol”, o “Neto do Vulcano”, “Pena de Ouro”, o “Guerreiro Brasileiro”, etc.

Depois disso, Campos viveu a época dos ranchos e dos blocos. Para as mulheres que desejavam curtir o carnaval só lhes restava os ranchos, pois nos blocos elas não entravam. Entre os blocos mais famosos que existiram em Campos, podemos destacar o “Corbeille”, o “Recreio das Flores”, o “Prazer das Morenas”, o “Felisminda Minha Nega”, o “Flor de Abacate” e “As Magnolias”, cujo ritmo iria enxotar de uma vez o compasso binário dos blocos e ranchos. E por último o mais famoso de todos os blocos campistas, o “Pega Veado”.

Para Hervê Salgado Rodrigues, autor do livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes”, a fase áurea do carnaval campista ocorreu entre os anos de 1920 e 1950.
Com tudo isso ainda surgiram outros blocos esportivos como o “Mana na Burra”, do Goytacaz”; o “Mosqueteiros da Baixada”, do Americano; o “Pé no Fundo”, do Rio Branco e o “Pendura a Saia”, de estudantes campistas.

Não se sabe em que ano, mas a verdade é que o livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes” de Hervê Salgado Rodrigues informa que nas tardes de carnaval, os mascarados começavam o desfile por volta das 14 horas. Eram figuras humorísticas, belos dominós com guizos e arminho nos punhos e nas golas ursos e bois pintadinhos. Depois quase à tardinha, vinha os corsos. A população então vinha pra o centro para assistir ao desfile e participar dos desfiles e das guerras com os populares limões de cheiro.

Vale ressaltar que na história do carnaval campista houve diversos clubes carnavalescos.

Clubes de carnaval e seus anos de fundação

Sociedade Congresso Carnavalesco (1869), Clube Zenith Carnavalesco (1869), Sociedade Incógnita X (1869), Sociedade Az de Copas (1870), Clube Macarroni (1870), Sociedade Commercial e Artística (1870), Club Carnavalesco Bamboche (1871), Club Estréa Campista (1872), Club Indiano Goytacaz (6/agosto/1876), Club Conspiradores Progressitas (1877), Club Netuno (março/1877), Os Democráticos (1882), Club da Concha (1882), Caboclos Negros (1882), Clube Tenentes de Plutão (13/janeiro/1884), Índio Negro (1884), Cacetes (1884), Caras Duras (1884), Tenentes do Diabo (1884), Progressistas (1884), Os Avançadores (1910) e Os Intransigentes (1910).


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