terça-feira, 24 de abril de 2012

TERMINA A GREVE DOS RODOVIÁRIOS.

Empresas fazem acordo e 100% dos coletivos voltam as ruas nesta quarta

Em reunião no MPT greve dos rodoviários chegou ao fim em Campos

Após a homologação do acordo no Ministério Público do Trabalho (MPT), o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campos, Roberto Virgílio, afirmou que nesta quarta-feira (25/04), toda a frota de ônibus estará circulando normalmente.

Três empresas de ônibus não eram a favor do aumento, a Cordeiro, Progresso e Rogil, mas no início da noite os empresários entraram em contato com o sindicato mudando de opinião. "Estou com o documento pronto e vou levar para os responsáveis por essas empresas assinarem. Amanhã toda a frota vai estar de volta nas ruas de Campos", disse.

Antes da reunião as empresas São Salvador, São João, Tamandaré, Conquistense, São Cristóvão, Jacarandá, Brasil, e GeraTur já haviam assinado o acordo do aumento de 16% no salário da categoria. A CamposTur não precisou assinar o acordo, pois desde a última quarta-feira (17/04), concedeu os 23% de aumento solicitados.

No final da manhã desta terça-feira (24/04), os rodoviários aceitaram a proposta de aumento de 16% feita pelo Sindicato Patronal, passando a valer no dia 01 de maio, mais 7% em março de 2013, além de um cartão concedendo descontos de 20% em estabelecimento conveniados. O acordo foi fechado um dia antes do julgamento da ilegalidade da greve, na Vara do Trabalho.


A reunião contou com a participação do Presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários, Antônio de Freitas Tristão que expôs os termos do acordo aos sindicalizados. Segundo ele, ao recusarem a proposta, correria-se o risco da questão ser resolvida na justiça, assim como a ilegalidade do movimento, que seria julgada nesta quarta-feira (25/04), questões que poderiam acarretar na perda de todos os benefícios conquistados até então.

Pela manhã, oito empresas de ônibus assinaram o acordo e apenas cinco, Siqueira, Rogil, Cordeiro, Turisguá e Progresso não concordaram com os termos que devem por fim à greve. Os funcionários da Rogil, Cordeiro e Progresso devem continuar parados até que suas causas sejam igualadas aos demais membros do sindicato. Já os trabalhadores das outras duas empresas decidiram, no início da noite, aceitar o acordo.


O advogado da Federação, César Catão disse lamentar a não adesão das quatro empresas, mas assegurou que a continuidade do movimento, por parte destes trabalhadores é legitima e que os mesmo receberão todo o apoio.

“Não podemos admitir que a questão desses trabalhadores seja diferenciada para pior. Se fosse para melhor tudo bem, seria a política da empresa, mas para pior, não. O movimento para estes deve continuar com todo o apoio do sindicato e da Federação.” Disse o advogado que revelou ainda que com a equiparação salarial, em março de 2013, a luta da categoria por melhores condições de trabalho em Campos deve ser unificada com as revindicações da categoria na Capital.


Para Roberto Virgílio, o movimento foi satisfatório, já que se correria o risco de perder o que já foi conquistado. “Nenhuma conquista é obtida de uma só vez. É preciso saber a hora de parar, sem abandonar a causa.”

Um levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), revelou que 78% dos trabalhadores rodoviários de todo país, o que corresponde a 37 mil, conquistaram aumentos reais nos salários, enquanto que 22%, ou seja, algo em torno de 18 mil ficaram abaixo da inflação. A data-base deste setor é 1º de maio e a inflação medida pelo INPC-IBGE no período foi de 5,5%.


O acordo fechado nesta terça-feira (24/04), fez com que a categoria, em Campos, conquistasse o maior aumento em todo o país. Antes, Cuiabá, capital de Mato Grosso, havia sido a cidade onde se teve o maior aumento real da categoria no ano, com 6,14%. No Rio, os trabalhadores reivindicavam 16% o acordo foi fechado em 10%, conforme revelou o Presidente do Sindicato Municipal dos Motoristas e Cobradores do Rio de Janeiro, José Carlos Sacramento. 

O acordo foi assinado pelo Sindicato Patronal e pelo Sindicato dos Rodoviários e homologado no Ministério Público do Trabalho.

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