quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve no dia 11/08

No Rio categoria reivindica 5,2% de reposição salarial e outras melhorias

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realizam na próxima segunda-feira (10/09) assembleias estaduais para avaliar a proposta de uma greve nacional da categoria por tempo indeterminado. Se for aprovada pelas assembleias, a paralisação começa na madrugada de terça-feira (11/09). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), uma eventual greve irá interromper todos os setores de triagem e distribuição de encomendas e cartas.

"Estamos negociando desde junho e a nossa pauta não foi levada em conta. Se nos próximos dias não houver um contraproposta da empresa que atenda nossas reivindicações, não restará aos trabalhadores outra alternativa senão a greve ", disse o secretário-geral do Sintcom-PR, Luiz Antonio de Souza.

A diretoria da empresa ofereceu um reajuste salarial de 3%. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7%.

A Fentect pede ainda a negociação de R$ 200 de aumento linear, piso salarial de R$ 2,5 mil e vale-refeição de R$ 35 por dia, contratações por concurso público, fim das horas extras e da terceirização são outros itens da pauta de reivindicações. 

O Ministério das Comunicações informou que não irá se manifestar sobre o assunto. Já a assessoria de imprensa da ECT disse que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, tiveram nessa segunda-feira (03/09) uma reunião com dirigentes de quatro sindicatos dissidentes da Fentect.

 

OUTROS SINDICATOS

Os quatro sindicatos, que se desfiliaram da federação, representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Tocantins e de Bauru (SP). Essas entidades reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real, reajuste linear de R$ 100 e vale-refeição de R$ 28 por dia.

Duas novas reuniões de negociação estão marcadas para esta quarta-feira (05/09), uma com os sindicatos dissidentes e outra com a Fentect. 

O dirigente do Sintcom-PR diz que a estratégia da direção da empresa teria o objetivo de tentar dividir os trabalhadores. "Essa negociação paralela dos Correios com alguns sindicatos não é legítima. Quem negocia em nome da categoria é a Fentect, que reúne 31 dos 35 sindicatos do país", comentou Souza.

 

A assessoria de imprensa dos Correios informou que, desde o começo de julho, a empresa fez 12 reuniões de negociação com a federação.

"Neste período, a empresa recebeu solicitação dos sindicatos de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru, que se desfiliaram da Fentect, para negociar e aceitou devido à representatividade dessas entidades que, juntas, representam 40 mil dos 120 mil trabalhadores", declarou em nota.

A direção dos Correios disse ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real. O salário-base pago pela empresa, que era R$ 395,94 em 2003, e passou para R$ 942,75 em 2011.

Fonte: URURAU.com.br


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