segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DISPUTA PELOS ROYALTIES DO PETRÓLEO VIRA ENREDO DE ESCOLA DE SAMBA


Se para o brasileiro quase tudo acaba em samba — na melhor das hipóteses, quando não em pizza —, a Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio já bateu o martelo sobre o enredo que vai levar para a avenida em 2013. A escola pretende fazer batuque com a polêmica partilha dos royalties do petróleo, com o enredo “Amo o Rio e vou à luta: ouro negro sem disputa”...“contra a injustiça em defesa do Rio”. O Carnaval poderá até coincidir com a votação do projeto pelo bloco dos engravatados no Congresso, já que os deputados não conseguiram chegar a um consenso antes do recesso em julho e a previsão é de que o assunto só deve voltar à pauta após as eleições de outubro ou mesmo no próximo ano. 

Na apresentação do enredo, no site oficial da Grande Rio, o carnavalesco Roberto Szaniecki explica o motivo que levou a escola a optar pela defesa dos royalties. No texto de apresentação a escola destaca seu amor ao Rio. “O G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio inspirada por seu amor ao Rio de Janeiro se une para criar seu próprio manifesto a favor do clamor popular focando nos direitos aos benefícios provenientes sobre a produção petrolífera do nosso Estado; o Rio de Janeiro produz 83% de todo o petróleo existente no território nacional. Temos o ônus, merecemos o bônus!”, destaca logo no primeiro parágrafo.

A escola, que inicialmente chegou a divulgar na mídia que não teria aporte financeiro dos municípios para fazer o seu carnaval, mas já esteve em Campos se apresentando em desfiles patrocinados pela riqueza do petróleo, também lembra na apresentação dos produtores de petróleo, destacando que “muitos municípios — incluindo a nossa capital — são beneficiados por esses dividendos, promovendo melhorias, nos mais variados segmentos, como mobiliário urbano, segurança, transportes, inserção social entre outros” e sai em defesa no caso da partilha:

“Os atuais municípios beneficiados não conseguirão sobreviver dos parcos recursos que restarão e como consequência será notória a degradação urbana e sua falência administrativa e financeira causando danos irreversíveis para estes logradouros e sua população não atendida”, ainda justifica a escola pela escolha do enredo.

Fonte: FOLHA DA MANHÃ


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