quarta-feira, 22 de agosto de 2012

GREVE FEDERAL: JÁ SÃO TRÊS MESES E SEM DATA PARA O FIM

Governo anuncia corte do ponto de 11,4 mil servidores em greve.
Eles terão desconto no salário a ser pago em setembro, segundo ministério.
Para o governo, há 70 mil servidores em greve; para sindicatos, 350 mil.


O Ministério do Planejamento divulgou na noite desta terça (21) o corte do ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve.

De acordo com o ministério, eles sofrerão o desconto dos dias parados no salário de agosto, a ser pago a partir de 1º de setembro. Na folha salarial de julho (pagamento em agosto), os descontos atingiram 1.972 grevistas, segundo informou o ministério.

De acordo com a assessoria do Planejamento, o corte do ponto de professores universitários que aderiram à greve será decidido pelas direções das universidades federais, que têm autonomia para isso.

O governo estima em 70 mil o número de servidores em greve. Segundo os sindicatos das categorias em greve, 350 mil servidores federais paralisaram as atividades em todo o país.

De acordo com o Ministério do Planejamento, há 582,4 mil servidores ativos no Poder Executivo.

Negociações
Das nove reuniões de negociação com representantes de categorias de servidores federais previstas para esta terça-feira no Ministério do Planejamento, quatro foram mantidas na agenda do secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça.

A primeira, com funcionários do Hospital das Forças Armadas (HFA), terminou sem acordo após o governo apresentar a proposta de 15,8% de reajuste dividido em três anos, a mesma oferta que vem fazendo a todas as categorias.

Segundo Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef – entidade que representa os cerca de mil funcionários do HFA, a proposta do governo "não atende à demanda dos servidores, já que nem repõe a inflação nem reestrutura a carreira”.

Por meio de sua assessoria, o Ministério do Planejamento afirmou que o reajuste de 15,8% dividido em três anos é o "limite" que o governo tem a oferecer.

Mendonça também negociaria com agentes penitenciários, com a Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Agropecuário (Anteffa) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguro Social (CNTSS).

Devido ao atraso das demais reuniões, acabou sendo adiada para esta quinta-feira (23) a conversa com a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapf).

Insatisfeita com a proposta do Planejamento, a entidade que representa agentes, escrivães e papiloscopistas adotou operação-padrão na semana passada e fez com que a Advocacia-Geral da União entrasse na Justiça contra a medida.

O Superior Tribunal de Justiça deferiu o pedido do governo e proibiu operações-padrão em todos os aeroportos, portos e fronteiras do país sob pena de multa diária de R$ 200 mil.

Outra reunião que acabou sendo adiada para esta quarta-feira (22) foi a do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores.

Por meio de nota, a entidade informou que convocou para esta quarta uma greve dos funcionários do Itamaraty como forma de protesto pelo fato de a reunião com a categoria não ter ocorrido.

Greve "trava" ano letivo, mas não afeta vestibulares de universidades federais.
Matrículas do 2º semestre estão suspensas e calendário pode ir até 2013.

 

Salas vazias, matrículas do segundo semestre suspensas, indefinição sobre quando as aulas vão voltar e, principalmente, quando o ano letivo vai terminar. A greve dos professores das universidades federais completou três meses na sexta-feira (17). Na maioria das unidades, as matrículas do segundo semestre ainda não foram feitas, e a previsão do Ministério da Educação é que o ano letivo siga até fevereiro de 2013 em várias instituições.

As universidades garantem, no entanto, que os processos seletivos para a entrada de novos alunos no ano que vem não vão sofrer alterações. A maioria usa o Sistema Nacional de Seleção Unificada (Sisu), como processo seletivo, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será no início de novembro. Outras fazem um processo misto, com algumas vagas do Sisu e outras pelo vestibular próprio da instituição.


Rio de Janeiro

A assessoria de imprensa da Universidade Federal Fluminense (UFF), que aderiu à paralisação em 22 de maio, afirmou que a reposição dos dias de aulas perdidos --até agora, são 36-- só será definida após o encerramento do movimento grevista. Para o vestibular 2013, a UFF vai oferecer todas as suas vagas pelo Sisu, que não deve ter o cronograma alternado. No entanto, apesar de matriculados no primeiro semestre, os estudantes aprovados só devem iniciar o ano letivo de 2013 em maio.

Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) o calendário será reformulado para atender aos 200 dias letivos exigidos pela Lei de Diretrizes Básicas. Haverá um intervalo de 15 dias entre os períodos. O calendário também só será aprovado após o fim da greve. As matrículas para o segundo semestre já foram efetuadas no início do ano pelo Sisu, já que a universidade adotou o Enem como avaliação de ingresso. As vagas oferecidas para o vestibular 2013 não serão alteradas.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a greve continua e não há previsão para definição do calendário letivo. O processo seletivo será feito pelo Sisu, com as notas do Enem.



10 comentários:

  1. Outro caso para o Ministério Público

    Foi postada a questão de o médico empresário ter aberto um veículo de comunicação, apesar de constar que como concessionário de serviços públicos ele não poder enveredar por esta seara. A proibição consta, inclusive, na legislação eleitoral! Por colocar em dúvida sua legalidade jurídica, deveria ser apurado pelo Ministério Público. Mas o que não se tem dúvida nenhuma, é que este mesmo médico empresário, diretor do Grupo IMNE, é o maior devedor de impostos da Prefeitura de Campos! Isto sim é um caso para o Ministério Público apurar, porque não há cobrança judicial em andamento. Ao invés de estar todo este processo engavetado, sem que ninguém tome uma providência, a saúde pública é precária, fazendo com que as crianças e os idosos sofram com falta de atendimento e medicamentos. Enquanto o Grupo IMNE, empresa privada sonegadora de impostos municipais, anuncia em todos os veículos de comunicação, aquisições de aparelhos de ponta e atendimentos diferenciados, considerando-se o maior serviço médico hospitalar do interior do estado, o que até acreditamos, pois sua sonegação fiscal é revertida para incentivo fiscal, pessoas menos favorecidas morrem e quando não, sofrem com a falta de recursos dos hospitais públicos. Cadê o Ministério Público, que não vê isso? Comenta-se, dentro da própria Prefeitura, que essa dívida já passa da elevada soma de 40 milhões de Reais. Um absurdo! Onde estão nossos políticos, que não veem isto? Todos nós sabemos que para se fazer uma boa medicina exige-se recursos. Porque não cobrar essa dívida para investimento nos setores mais carentes, como saúde e educação? Esse doutor vive uma vida de esbanjador com suas sonegações, revertidas em incentivos fiscais, o que lhe dá e sobra, a ponto de não ter mais onde diversificar os seus negócios, por fim vem se direcionando para os meios de comunicação, como fazem alguns políticos, que usam da mesma arma para fazer fortuna, e também, através destes veículos de comunicação, fazem suas próprias defesas, ou quando não, denigrem a imagem de pessoas contrárias aos seus ideais, para os seus próprios interesses. Mas ainda acreditamos no Ministério Público e nos políticos de bem de nossa cidade para que justiça seja feita, e nossas crianças e idosos tenham uma qualidade de vida melhor.

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  2. Dívida IMNE /Prefeitura

    Quanto a esta dívida é sabido que está engavetada há anos! Com isso o seu valor tornou-se insustentável! Afirma um dos advogados do Dr. Herbert, que o próprio revelou que se um dia vier a ser cobrado, ele prefere entregar o hospital à municipalidade. Aí vem a pergunta que não pode calar: Já não chegou a hora? Com a carência de leitos nos hospitais públicos, isso viria a suprir uma boa parte! Cabe sim ao Ministério Público, colocar em prática a sua função, que é defender os menos favorecidos e exigir que dê andamento a este processo, cabendo à justiça civil determinar o pagamento! Chega de uma única pessoa se beneficiar em troca do sofrimentos de tantos! Estamos falando de vidas, como a de nossos filhos e de nossos pais e um futuro mais justo para nossa Campos!!

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  3. Quanto à dívida do IMNE, valeria um movimento em frente ao hospital, exigindo que se faça esse pagamento, para que seja revertido para a saúde pública e educação, duas carências visíveis em nossa cidade. Para isso só depende que se dê andamento ao processo de cobrança judicial. Enquanto não se paga, o Ministério Publico poderia agir fazendo com que se cumprisse um determinado número de atendimentos a essas pessoas, que hoje sofrem, como também disponibilizar para a saúde pública 50% dos seus leitos, no mínimo, devido à tamanha carência e irresponsabilidade com o poder público!

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  4. Onde estão os Procuradores do Município que não se mexeram até hoje para cobrar a mega dívida do IMNE/Hospital Dr. Beda? É no mínimo estranho que ninguém tenha tomado às devidas providências, pois o valor desta dívida resolveria a questão da saúde do município, que anda de mal a pior. Repito, é no mínimo estranho. Será uma ordem superior? E mais estranho ainda é que a Direção do IMNE vem ameaçando a própria Prefeitura de corte em seus atendimentos aos funcionários da mesma, alegando falta de pagamento. Não consigo entender como pode ser cabível uma empresa dever tanto à Prefeitura e ainda a ameaçar de corte os seus serviços! Já que os Procuradores da Prefeitura não se interessam em receber um valor tão alto para os cofres públicos, porque o Ministério Público não toma as devidas providências para saber deles o real motivo desta omissão? Ou estão esperando prescrever? Uma vergonha!

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  5. Eu estava em um bar muito conhecido em Campos, onde a frequência em quase sua totalidade é de homens, para não dizer total. Lá se discute sobre tudo e todos. Como não poderia deixar de ser, este assunto do qual irei retratar estava em pauta, como vem sendo comentado em vários pontos da cidade. Trata-se da dívida do Hospital Bêda com a Prefeitura. Eu mesmo já ouvi vários comentários sobre esta dívida, como também já ouvi diversos tipos de opiniões, mas nada como a que ouvi neste bar na última sexta-feira. O que se dizia era que o dono deste hospital não paga a ninguém, que não tem palavra, que deve aos médicos que lá trabalham, que existem centenas de processos contra ele, inclusive é que ele é a pessoa que mais possui processos em Campos! Porém, sendo seu advogado filho de um ex-juiz de Campos, hoje Desembargador muito influente, este senhor acaba ganhando tudo na justiça! Isto prova quem é este homem, e no que se tornou a nossa justiça: um mar de lama! O Ministro Barbosa tem que vir para Campos para dar um jeito nesta situação, porque isto aqui está pior que o mensalão!
    É por isso que os médicos que têm algum tipo de contrato ou prestação de serviço com o hospital, não são respeitados, e seus contratos não são cumpridos, tanto na forma ou pagamento. Quando efetuam o pagamento, é com valor sempre inferior ao que foi acertado no contrato, e quando os médicos reclamam, o Diretor do hospital os manda embora, sem respeitar seus direitos, e ainda os manda reclamar seus direitos na justiça, da forma mais debochada possível! Uma instituição que age assim, só pode ser por ter respaldo de alguém!
    É por isso que a impunidade cresce em nossa cidade! Enquanto isto, crianças e idosos morrem por falta de atendimento e remédios, e os ratos vestidos de branco fazem fortuna. Onde estão os Procuradores da Prefeitura? Provavelmente seus filhos, pais e avós, têm um Plano de Saúde dos melhores, particular, ou até mesmo um Plano Ases, quem sabe? Por isso pouco se importam com a Saúde Pública. Será que não existe um órgão superior para obrigá-los a tomarem uma atitude em cobrar esta dívida absurda? Li esses dias que o valor está em torno de R$40.000.000,00(Quarenta milhões de reais). É revoltante! E a Prefeitura e nem a Justiça fazem nada, enquanto a saúde pública está um caos. Falta atendimento, remédios, leitos e ninguém faz nada para receber esta mega dívida, que certamente resolveria a questão da saúde na nossa cidade. Aliás, o grupo IMNE/Bêda, faz ameaças a Prefeitura de cortar o atendimento de seus funcionários por falta de pagamento. Porque os Procuradores da Prefeitura não agem? Chegou a hora, apesar de esta dívida estar provavelmente superfaturada. Basta fazer uma comissão para conferi-la e fazer uma sindicância por amostragem, pegando 10 pacientes que foram atendidos por eles e constatarem se seus prontuários conferem com o que está sendo cobrado. Com certeza os valores não irão bater, e o superfaturamento será confirmado! Aí será a forma correta de informar ao Ministério Público, para que eles possam agir de acordo com a lei, e eles terão que continuar com o atendimento. E estes atendimentos podem passar a abater da dívida com a Prefeitura! O Ministério Público tem que pedir prestação de contas neste caso. Isto é um absurdo, uma vergonha para Campos e para o Poder Público! A impunidade
    precisa acabar neste país! O ser humano é mais importante do que os bens materiais. Isto não acontece em países desenvolvidos! Lá os médicos só pensam na qualidade de vida de seus pacientes. Ninguém está acima da lei. Porque aqui no Brasil ainda acontecem absurdos como este? Vamos mudar a história! Vamos mostrar para o mundo que os direitos humanos, aqui no Brasil, também serão respeitados! Ninguém precisa ser tão rico para ser feliz. Basta ser mais humano! Acumular fortuna à custa da desgraça alheia é infelicidade certa e garantida!

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  6. Eu estava em um bar muito conhecido em Campos, onde a frequência em quase sua totalidade é de homens, para não dizer total. Lá se discute sobre tudo e todos. Como não poderia deixar de ser, este assunto do qual irei retratar estava em pauta, como vem sendo comentado em vários pontos da cidade. Trata-se da dívida do Hospital Bêda com a Prefeitura. Eu mesmo já ouvi vários comentários sobre esta dívida, como também já ouvi diversos tipos de opiniões, mas nada como a que ouvi neste bar na última sexta-feira. O que se dizia era que o dono deste hospital não paga a ninguém, que não tem palavra, que deve aos médicos que lá trabalham, que existem centenas de processos contra ele, inclusive é que ele é a pessoa que mais possui processos em Campos! Porém, sendo seu advogado filho de um ex-juiz de Campos, hoje Desembargador muito influente, este senhor acaba ganhando tudo na justiça! Isto prova quem é este homem, e no que se tornou a nossa justiça: um mar de lama! O Ministro Barbosa tem que vir para Campos para dar um jeito nesta situação, porque isto aqui está pior que o mensalão!
    É por isso que os médicos que têm algum tipo de contrato ou prestação de serviço com o hospital, não são respeitados, e seus contratos não são cumpridos, tanto na forma ou pagamento. Quando efetuam o pagamento, é com valor sempre inferior ao que foi acertado no contrato, e quando os médicos reclamam, o Diretor do hospital os manda embora, sem respeitar seus direitos, e ainda os manda reclamar seus direitos na justiça, da forma mais debochada possível! Uma instituição que age assim, só pode ser por ter respaldo de alguém!
    É por isso que a impunidade cresce em nossa cidade! Enquanto isto, crianças e idosos morrem por falta de atendimento e remédios, e os ratos vestidos de branco fazem fortuna. Onde estão os Procuradores da Prefeitura? Provavelmente seus filhos, pais e avós, têm um Plano de Saúde dos melhores, particular, ou até mesmo um Plano Ases, quem sabe? Por isso pouco se importam com a Saúde Pública. Será que não existe um órgão superior para obrigá-los a tomarem uma atitude em cobrar esta dívida absurda? Li esses dias que o valor está em torno de R$40.000.000,00(Quarenta milhões de reais). É revoltante! E a Prefeitura e nem a Justiça fazem nada, enquanto a saúde pública está um caos. Falta atendimento, remédios, leitos e ninguém faz nada para receber esta mega dívida, que certamente resolveria a questão da saúde na nossa cidade. Aliás, o grupo IMNE/Bêda, faz ameaças a Prefeitura de cortar o atendimento de seus funcionários por falta de pagamento. Porque os Procuradores da Prefeitura não agem? Chegou a hora, apesar de esta dívida estar provavelmente superfaturada. Basta fazer uma comissão para conferi-la e fazer uma sindicância por amostragem, pegando 10 pacientes que foram atendidos por eles e constatarem se seus prontuários conferem com o que está sendo cobrado. Com certeza os valores não irão bater, e o superfaturamento será confirmado! Aí será a forma correta de informar ao Ministério Público, para que eles possam agir de acordo com a lei, e eles terão que continuar com o atendimento. E estes atendimentos podem passar a abater da dívida com a Prefeitura! O Ministério Público tem que pedir prestação de contas neste caso. Isto é um absurdo, uma vergonha para Campos e para o poder Público! A impunidade precisa acabar neste país! O ser humano é mais importante do que os bens materiais. Isto não acontece em países desenvolvidos! Lá os coronéis não mandam e os médicos só pensam na qualidade de vida de seus pacientes. Ninguém está acima da lei. Porque aqui no Brasil ainda acontecem absurdos como este? Vamos mudar a história! Vamos mostrar para o mundo que os direitos humanos, aqui no Brasil, também serão respeitados! Ninguém precisa ser tão rico para ser feliz. Basta ser mais humano! Acumular fortuna à custa da desgraça alheia é infelicidade certa e garantida!

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  7. Que vergonha, que absurdo, um caso tipo o mensalão, que merece ser investigado! O povo tem que saber dessas coisas para poder protestar e reivindicar seus direitos! Grande blog, que divulga absurdos como esses!

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  8. Vergonha alheia! Isso é um desrespeito ao cidadão campista! Vamos protestar nas ruas já que o Ministério Público não faz nada!!!

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  9. Vou investigar direitinho tudo isso! Tenho influência e amigos que poderão acabar com essa pouca vergonha!

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  10. E o Hospital Bêda continua andando na direção errada! Ninguém faz nada?
    Familiares protestam e acusam hospital particular de negligência

    Fotos: Mauro de Souza
    Paciente faleceu após ter sido submetida a uma bariátrica

    Paciente faleceu após ter sido submetida a uma bariátrica
    mais menos

    Familiares de uma paciente, falecida na madrugada do último sábado (24/11) no Hospital Dr. Beda, em Campos, fizeram um protesto na tarde desta terça-feira (27/11). Segundo os parentes, a paciente Isabel Cristina Paulo Rocha, 39 anos, teria morrido após ser submetida a uma cirurgia para redução de estômago, conhecida como bariátrica. Os familiares alegam que houve negligencia médica, pois a vítima reclamava de muita dor, e o médico, que realizou o procedimento, teria dito que não seria nada de mais. O caso foi denunciado na 134ª Delegacia Legal (Centro) e no Ministério Público Estadual (MPE).

    Segundo a irmã da vítima, Maria da Penha Damiana Paulo Rocha, 32 anos, a paciente chegou ao hospital para realização da cirurgia, na última terça-feira (20/11). Ainda de acordo com ela, a irmã estava otimista e bastante animada para a realização do procedimento.

    “Minha irmã chegou bem e cheia de vida. Quando saiu da sala de cirurgia, dizia que sentia muita dor na barriga. Eu cheguei a comentar com o médico, mas ele disse que era normal o paciente ter dores pós-operação. Ele ainda falou que a cirurgia havia sido um sucesso. Tanto foi bem sucedida que minha irmã veio a óbito”, lamentou Maria da Penha.

    No dia seguinte ao procedimento, segundo a irmã da vítima, a dor havia se intensificado, levando a paciente, inclusive, a desmaiar. Mas, segundo Maria da Penha, mesmo assim o médico continuava afirmando que não era nada. Na última quinta (22/11), Isabel Cristina foi levada, por outro médico, em estado grave para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

    “Assim que chegou ao UTI, minha irmã entrou em coma. Só que eles disseram que a induziram ao coma, o que de fato, não aconteceu. Na sexta (23/11), o médico que realizou a bariátrica, nos chamou para conversar e contou que minha irmã havia contraído uma infecção, e que seu estado era gravíssimo. Precisou acontecer isso para que fizessem algo pela minha irmã. Mas, infelizmente, nada podia ser feito”, relatou Maria da Penha.

    Segundo os parentes, a alegação do hospital é de que a paciente teria contraído uma pneumonia, o que teria agravado o quadro da mesma. “Disseram que ela morreu de insuficiência respiratória. Mas, até agora ninguém soube explicar o por quê. O que, de fato, aconteceu com minha irmã. O médico fez pouco caso, e não se importou em saber os motivos das dores da Isabel”, disse revoltada Maria da Penha acrescentando:

    “Palavras como: sepse; septicemia; grampo solto; peritonite; choque séptico e fatalidade foram ditas e não entendidas, pois não há justificativa para o descaso em que o caso foi tratado até atingir o liminar da gravidade”, disse.

    Apesar de já ter ocorrido o enterro da vítima, acontecido no último sábado (24/11), a família aguarda pela exumação do corpo, junto ao MPE. Segundo Maria da Penha, um pedido já foi feito para que órgão se encarregasse das providências, já que o procedimento [necropsia] não pode ser realizado, pois o estômago da paciente estava gelatinoso.

    “O que estamos fazendo é para que outras famílias não passem o que estamos passando. Muita gente morre e ninguém fica sabendo as causas do óbito. Mas, nós não vamos nos calar. Nós queremos uma resposta”, concluiu.

    A direção médica do Hospital Dr. Beda, informou, por meio de nota, que o falecimento da paciente Isabel Cristina Paulo Rocha, se deu em virtude de complicações pós-operatórias. A direção afirmou ainda que, todo o atendimento necessário foi prestado, e que, procedimentos internos para averiguação dos fatos ocorridos estão sendo realizados.
    Kelly Maria

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