Itaocara, região noroeste do estado do Rio de Janeiro
O severo período de estiagem em que passam todos os municípios do estado do Rio de Janeiro tem gerado cenas e situações idênticas ao sertão nordestino, tido até então, como o lugar onde menos chovia no Brasil ao longo de um ano.
Com média climatológica (1961-1990) de aproximadamente 1.700 milímetros, municípios do centro e norte do estado registraram em 2014 apenas 630 mm e desde o início de 2015, o valor não passou de 200 mm em vários pontos, segundo relatório feito pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A situação é muito crítica ao ponto de o gado estar morrendo de sede e fome, pela falta d’água para abastecer as represas e também para conservar as pastagens.
De acordo com o governo do estado, desde o ano passado até a presente data, mais de cinco mil cabeças de gado morreram por conta da estiagem. A situação é mais delicada na região de São Fidélis.
Além de baixo, o nível do rio Paraíba do Sul, o principal e que corta o estado fluminense, possui enorme carga de poluição ocasionada pelo derramamento irregular de esgoto de várias cidades. O abastecimento de vários municípios que dependem a água do rio Paraíba do Sul, mesmo que suja, está completamente comprometido na região de Campos dos Goytacazes, área próxima da foz, no encontro com o Oceano Atlântico.
No município que leva o nome do rio, a estação telemétrica operada pela Agência Nacional de Águas (ANA) acusou nesta segunda-feira (17), nível de apenas 51 centímetros. O normal é de 1,40 metros.
Já em São Fidélis, outra estação do órgão registrou apenas 21 cm sendo que o nível normal é de 1,51 metros.
Com a previsão de intensificação do fenômeno El Niño, que gera bloqueios atmosféricos mais persistentes e intensos sobre a Região Sudeste, a tendência é de que o nível dos rios caia ainda mais nos próximos meses e a chuva talvez não tenha a força o suficiente para regularizar tão cedo a situação.
Vazante, Rio Paraíba do Sul
Fonte: De Olho No Tempo Meteorologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário